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Rafael RG

A obra de Rafael RG parte de uma escuta sensível às tramas da intimidade, do afeto e da memória, operando na intersecção entre a pesquisa documental e as experiências subjetivas. Seus trabalhos — que se desdobram em textos, objetos, publicações, instalações e performances — acionam tanto arquivos pessoais quanto públicos para investigar os vínculos sociais e os atravessamentos políticos do corpo, da sexualidade e da identidade racial. Ao articular vivências pessoais, correspondências íntimas e autoficção com documentos e registros oficiais, o artista constrói narrativas que tensionam os limites entre fato e fabulação, entre memória e invenção, entre presença e apagamento. Suas obras frequentemente partem de episódios e relações reais, aproximando-se da crônica e da poesia como modo de articular a complexidade dos afetos em contextos marcados por desigualdade, opressão e silenciamento. Com uma prática que costura diferentes camadas de tempo, desejo e linguagem — e desenvolvida entre diferentes cidades do Brasil —, o artista investiga como os laços afetivos e os gestos cotidianos — sobretudo entre pessoas racializadas e historicamente marginalizadas — podem operar como instrumentos de resistência, celebração e reinvenção.

Ao cair da noite, eu me guiarei pelo brilho dos seus olhos, 2024. Performance.
Ao cair da noite, eu me guiarei pelo brilho dos seus olhos, 2024. Performance.

Suas mostras individuais incluem: “A cidade onde envelheço” (2018, Galeria Periscópio, Belo Horizonte – Brasil), “Panos de Mesa/Objetos do Paraguay” (2016, Sé Galeria, São Paulo – Brasil), “Política da boa vizinhança” (2015, Proyectos Artbo, Bogotá – Colômbia) e “Ficções do Arquivo” (2014, Aurora, São Paulo – Brasil). E participou de importantes exposições coletivas como: “Imagens que não se conformam” (2023, Memorial Minas Gerais Vale, Belo Horizonte – Brasil), “Corpocontinente” (2023, Galeria Periscópio, Belo Horizonte – Brasil), “Da diversidade vivemos” (2018, Galeria Periscópio, Belo Horizonte – Brasil), “Histórias Afro-atlânticas” (2018, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, São Paulo – Brasil),  “Encruzilhada” (2015, Parque Lage, Rio de Janeiro – Brasil), “A mão em negativa” (2015, Parque Lage, Rio de Janeiro – Brasil) e “Amor e ódio a Lygia Clark” (2013, Zachęta – Narodowa Galeria Sztuki, Varsóvia – Polônia).

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