
Pedro Neves
- IMPERATRIZ
- 1997
O trabalho de Pedro Neves parte da cultura popular como campo de elaboração da memória e da identidade. O artista evoca personagens, festividades, rituais, espaços e paisagens que atravessam sua trajetória pessoal — entre o Maranhão, onde nasceu, e Minas Gerais, onde cresceu. Sua obra articula cultura material, memórias familiares, narrativas orais, e fabulações sensíveis para refletir sobre os atravessamentos centenários da cultura afro-indígena no Brasil. Suas composições são marcadas pela intensidade dos tons, e pelo ritmo entre formas livres de uma geometria orgânica e viva, sublinhando a vitalidade e autonomia dessas manifestações. Figuras ambíguas repletas de encantamento, práticas e símbolos ancestrais, e recortes do cotidiano são representados de modo a tensionar questões históricas e políticas com a malha do intangível, imaterial. Desse modo, sua pintura busca investigar os vínculos que conectam corpo, território e pertencimento, afirmando as tradições populares e as práticas corriqueiras como formas vivas de resistência e reinvenção.

Suas mostras individuais incluem: “Juri” (2024, Galeria M+B, Los Angeles, Estados Unidos); “Tripa” (2023, Palácio das Artes, Belo Horizonte – Brasil), “Tripa” (2022, Portas Vilaseca Galeria, Rio de Janeiro – Brasil) e “Brasileiros” (2019, Sesiminas, Belo Horizonte – Brasil). E participou de importantes exposições coletivas como: “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira” (2023, CCBB São Paulo – Brasil), “Dos Brasis” (2023, Sesc Belenzinho, São Paulo – Brasil), “Botar Fé” (2022, Museu de Artes e Ofícios, Belo Horizonte – Brasil), “Now” (2022, Museu Inimá de Paula, Belo Horizonte – Brasil) e “Movências” (2020, Centro Cultural UFMG, Belo Horizonte – Brasil).