
Marcus Deusdedit
- BELO HORIZONTE
- 1997
Com formação em Arquitetura e Urbanismo, Marcus Deusdedit desenvolve um trabalho que tensiona os códigos da arte, do design e da arquitetura a partir de uma perspectiva periférica, crítica e sensível. Em suas instalações, vídeos, objetos e colagens, o artista investiga como os materiais, as formas e os símbolos que estruturam o cotidiano carregam camadas de valor, representação cultural e, em última análise, de poder. Sua obra propõe fricções entre estética industrial e imaginação popular, entre o rigor do projeto e o desvio criativo, operando deslocamentos que expõem os contrastes entre sofisticação e precariedade, centralidade e margem. Em sua prática — calcada na ideia do remix como ferramenta de imaginação radical —, imagens de arquivo, referências da cultura de massa, memórias familiares e ícones modernistas são articulados e recombinados na construção de dispositivos que sublinham tensões sociais. Ao manipular materialidades e visualidades com precisão e ironia, Marcus Deusdedit revela o peso simbólico dos objetos e o papel ativo que eles desempenham no balizamento do olhar e na construção do imaginário coletivo.

Suas mostras individuais incluem: “Imagina, fica à vontade, a casa é sua” (2024, Diletante, São Paulo – Brasil) e “(-10m/s²) ou teoria da flutuação” (2024, 4º Prêmio Décio Noviello, Palácio das Artes, Belo Horizonte – Brasil). E participou de importantes exposições coletivas como 12ª Bienal do Mercosul – “Corpo a Corpo” (2025, Porto Alegre – Brasil), “16º Salão Nacional de Artes de Itajaí” (2024, Casa da Cultura Dide Brandão, Itajaí – Brasil), “Encruzilhadas da Arte Afro Brasileira” (2024-2025, CCBB, Brasil), “Essas Pessoas na Sala de Jantar” (2023, Casa Museu Eva Klabin, Rio de Janeiro – Brasil), “Dos Brasis - Arte e Pensamento Negro” (2023, Sesc Belenzinho, São Paulo – Brasil) e “Lugar Imaginado, Lugar Vivido: 80 Anos da Casa do Baile” (2023, Casa do Baile, Belo Horizonte – Brasil).