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Gisele Camargo

A obra de Gisele Camargo atravessa os campos da paisagem, da abstração e da arquitetura, articulando uma pesquisa visual em constante expansão e reformulação. Por meio de pinturas, colagens, desenhos e instalações, a artista elabora construções que exploram os limites entre figura e plano, volume e superfície, simbolismo e abstração, visibilidade e ausência. Sua produção se estrutura em séries que investigam tanto o repertório geométrico da cidade — com planos definidos, linhas rígidas e estruturas brutalistas — quanto a instabilidade da natureza, especialmente a partir de sua imersão no Cerrado mineiro. Rochas, vegetações, camadas do solo e seus processos naturais surgem como matéria pictórica e simbólica, desdobrando-se em formas mutáveis, por vezes espectrais e noutras densas e carregadas, que desafiam a lógica estável da paisagem tradicional. Seu trabalho articula justaposições cromáticas, geometrias flutuantes e composições em estado de vibração, criando uma sintaxe visual singular. Em sua prática, a paisagem se reconfigura como superfície ativa de pensamento — em que o território não é apenas um cenário estático de contemplação, mas campo vivo de transformação e inscrição das energias vitais.

Erosões, 2022 - 2023. Acrílica e óleo sobre tela e madeira, 180 x 180 cm
Erosões, 2022 - 2023. Acrílica e óleo sobre tela e madeira, 180 x 180 cm

Sua exposições individuais incluem: "Tabuleiro" (2021, Galeria Carbono, São Paulo – Brasil); "Erosões" (2019, Central Galeria, São Paulo – Brasil); "Construção" (2018, Galeria Carbono, São Paulo – Brasil); "Luas, Brutos e Sóis" (2018, Luciana Caravello Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – Brasil); "Luas, Brutos e Sóis" (2018, Periscópio Arte Contemporânea, Belo Horizonte – Brasil); "Cápsulas e Luas" (2015, Paço Imperial, Rio de Janeiro – Brasil); e "Noite americana ou Luas invisíveis" (2014, Galeria Luciana Caravello, Rio de Janeiro – Brasil). Seu trabalho esteve presente em diversas exposições coletivas, como: "Brasilidade Pós-Moderna" (2022, Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília – DF, São Paulo – SP, Belo Horizonte – MG, e 2021, Rio de Janeiro – RJ); "Grisaille" (2017, Wexner Center for the Arts, Columbus – Estados Unidos); "A luz que vela o corpo é a mesma que revela a tela" (2017, Caixa Econômica Federal, Rio de Janeiro – Brasil); "Artistas Visuais em revistas" (2016, Rio de Janeiro – Brasil); e "Cruzamentos" (2014, Wexner Center for the Arts, Columbus – Estados Unidos).

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